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segunda-feira, 24 de agosto de 2015

SATISFAÇÃO DA ALMA OU DOS SENTIDOS?



Na vida nesta terra muitos caminhos percorri,
alguns com grandes abismos,
outros com pequenas depressões,
outros tanto enganavam com uma extensa planície.

Em todos havia ciladas,
em todos encontrei espinhos e flores,
em todos havia uma razão para ali estar,
em todos o acaso era providencial.

Cada qual um aprendizado trazia,
toda lição trazendo duas soluções,
uma onde a solução era fácil,
outra onde ela era trabalhosa e difícil.

A fácil trazia-me imediata satisfação,
a difícil muitas vezes a satisfação não aparecia,
pelo contrário uma questão outra puxava,
e a satisfação era apenas íntima, da alma.


Com a imediata satisfação meus sentidos carnais se alegravam,
cada vez mais preso  num emaranhado de emoções,
a satisfação imediata se desvanecia como nuvem,
mais e mais eu almejava.


Assim fugindo de “ problemas “,
acomodado em viver a minha vida,
de repente me senti vazio,
estranhamente solitário estando cercado de gente.


Eu não sabia,
era a fome de minha alma,
que eu não alimentara,
estranhamente a consciência passa a me cobrar as soluções fáceis.


Tarde demais, a vida passara,
quem se importaria comigo,
se eu representava agora a solução difícil,
a solução difícil para quem me abraçasse.

Mas Deus a ninguém desampara,
muito menos aos doentes de espírito como eu,
minha doença era o egoísmo que abafava o amor,
e santas mãos para mim se estenderam.


Eu era a lição em sua vida,
mas ela escolheu a solução mais difícil,
a fácil seria as costas virar,
com isto semeou em mim o amor fraterno.


E eu tardiamente aprendi,
que não é para satisfação dos sentidos esta vida,
mas sim para conseguirmos vencer as doenças do espírito,
reconhecer o erro foi o primeiro passo.


Os outros passos,
só em outra vida  
comecei a dar,
muitas foram necessárias.


Ainda hoje luto,
para me tornar merecedor,
daquelas mãos estendidas,
tornando-me digno de ser um discípulo,
de Cristo Nosso Senhor.



ditado por Gilson Gomes
psicografado por Luconi

em 18-08-2015

Um comentário:

  1. Que bacana!
    Acho que passamos por todos os caminhos que precisamos passar, e nenhum deles é perda de tempo.
    Bom dia, Marcia.

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