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sábado, 4 de agosto de 2018

CARTA DE MEU IRMÃO LÁ DA ARUANDA

Lembrando a todos as palavras de Jesus



                   

    “Na casa de meu Pai há muitas moradas.” (João, 14.2)



Havia uma luz branca no meu rosto e eu sentia muito frio naquela sala de cirurgia. Não sei se devido a anestesia ou pelo cansaço, mas não consegui por mais que tentasse manter os olhos abertos e adormeci.
Um sono profundo sem sonhos, sem vozes, apenas um silêncio e uma escuridão, não sei por quanto tempo dormi, mas fui acordando devagar.
Primeiro senti o corpo aquecido e depois comecei a ouvir sons e vozes bem distantes. Nesse meio despertar, sonhei, vi minha família e esposa, talvez outras pessoas que eu amo, mas não me lembro exatamente.

Até que ouvi mamãe me chamar, que saudades de ouvir sua voz e foi tão real. Depois ouvi papai dizer: - Deixa ele ainda precisa dormir. Em seguida, senti um carinho na cabeça, eu sei que eram as mãos dele, eu senti que era ele e aquele sonho pareceu tão bom que eu não quis acordar.
Eu não queria ficar longe daquela sensação de amor e acho que dormi novamente. Tive um sono profundo e depois ouvi novamente vozes e cantos ou rezas, eu não conseguia definir, quando abri os olhos com a visão turva eu vi uma luz de velas e um cheiro de ervas e flores.

Não conseguia mexer a cabeça, mas eu não sei se tentei, com os olhos abertos vendo apenas a meia luz da vela e um teto que eu não conseguia entender. Surgiu na frente dos meus olhos um velho negro e sorriu: - Já acordou menino?
Meu Deus, era ele! Meu guia, meu pai, meu companheiro com quem muitas vezes me revoltei, mas que nunca me deixou sozinho.
Eu não entendi muito bem, embora antes de entrar na sala de cirurgia eu já sabia que era o fim da vida na Terra. Eu não imaginei que seria assim, acordar me sentindo vivo.
E eu ri, eu ri porque ele estava ali e agora que eu era morto ele parecia tão vivo.

Lembrei que se morri as meninas estavam sozinhas, minha esposa, minhas filhas, os netos que não pude conhecer melhor, minhas irmãs e fiquei desesperado, eu precisava voltar não podia ser agora!
E ele passou a mão em meu rosto e sem forças adormeci.
Agora um sono diferente, muitos sonhos, muitas conversas.
Muitos entendimentos que não consigo lembrar, mas que entraram na minha alma.

Novamente abri os olhos e ele estava lá de novo sorrindo: - Seu pai já chega. Por enquanto só esse velho.
Então consegui olhar ao redor, parecia um terreiro, eu estava numa esteira e tinha um altar de luzes coloridas, nem imagens, nem velas, só as chamas coloridas e muitas senhoras negras cantando e macerando ervas e as ervas brilhavam e cheiravam bem.

Meu velho me deu a mão e disse: - Não era seu sonho conhecer Aruanda?
Eu não sei dizer o que eu disse, eu nem sei se eu falava ou pensava, mas ele respondia.
Com dificuldade me levantei, o corpo parecia leve e mais desajeitado do que eu já era.
Eu pensei: Morri e vou viver num terreiro e ele riu e disse:- Tem casa melhor.

Nós saímos daquela tenda e quando a porta abriu eu vi o sol mais lindo que eu jamais sonhei, o brilho do sol preencheu meu corpo, eu senti a luz do sol! E não conseguia enxergar muito bem de tanta luz, quando a vista foi melhorando eu vi um jardim cheio de flores, frutas e árvores e tudo brilhava como se fosse possível ver a vida que se move no vegetal, no mineral e até na luz.
É isso eu via a vida se movendo, hora brilhando rosa, hora brilhando com brilhos azuis, tudo emite uma vibração colorida e bem suave que deixa todo o lugar excepcionalmente lindo como nada que eu já tenha visto ou sonhado.

As crianças corriam e soltavam bolas coloridas como bolas de sabão e havia pequenas mulheres voadoras fazendo um baile no ar para brincar com eles. Pensei que estava doidão vendo várias sininhos.
O velho riu e disse: - Elementais , às vezes eles vem ver as criancinhas.
O céu é azul,e tem sempre um arco íris , parece que a luz do sol vibra e entra na gente e faz o coração ficar cheio de paz.
As árvores têm um brilho e a vibração de suas vidas é visível e colorida, assim como as flores, a grama e até as pedras.
Tem uma cachoeira que eu não sei de onde caí, mas enche o lugar com um cheiro de água fresca e emite um brilho e na beira do córrego tem as sininhos do ar, mas tem sininhos na água e quando chove, o que acontece quase todos os dias, todos correm pra sentir as gotas de água que caem lavando nosso coração e enchendo nossa alma.
As frutas têm mais cor e as flores mais perfume parecem sorrir.
Gente tem de todo jeito negro, japonês, branco, velho e novo. As crianças são diferentes elas brilham e não têm pai ou mãe.
Às vezes reconheço um baiano ou um boiadeiro, mas alguns são bem diferentes do que eu via na Terra.
E por todo lado, as sete linhas vibram, elas estão vivas! As sete linhas são visíveis na Aruanda.

Não sou bom para escrever, mas eu prometi então vim contar.


Antonio Luconi - Toni
psicografado por Eveline Luconi Popi
em 22-07-2018

domingo, 6 de agosto de 2017

NOTICIAS DE MEU IRMÃO






Não podia imaginar, nem ao menos sonhar, que um dia o fim , apenas o recomeço seria. Acreditava na outra vida, sem acreditar realmente, mas então de repente tudo realidade se tornou.
No meio da nebulosidade, onde tudo parecia meio turvo, pois meus olhos acostumados não eram, deparei-me com quem eu tanto na terra clamei.



Que abraço gostoso recebi, tanto então chorei, toda mágoa do abandono, pois abandonado. ainda menino me julguei.
Também uma certa culpa, por atritos que causei,ele só meu bem queria, mas na ignorância da idade não enxerguei.
No abraço perdão pedia, mas ele apenas sorria, apenas me dizendo, que orgulho tenho de ti.
Então me vi envolto, em luzes de esplendor,não que eu merecesse, bondade da misericórdia Divina, e uma deliciosa dormência, do meu ser conta tomou.



Quanto tempo passou dizer não saberia, talvez dias ou semanas, mas meses não foram eu sei.
Então o despertar, para a vida que se apresentava, repleta de carinhos de entes e amigos queridos.
Não, não havia sido o fim, apenas um retorno, a pátria tão querida, ali ser o meu lugar senti.
Devagar as forças recuperando, mas logo me levantei,  as lembranças dos que deixara, não me abandonava.

Abraçar a mãezinha querida, não tem preço que avalie, os seus conselhos seguindo, certa paz eu alcancei.

Poderia auxiliar os que pra trás ficara, mas primeiro tomar conhecimento de mim precisava, então segui a tratamentos, para auto conhecimento.


Um ano se passou, a saudades o peito dilacerando, a todos via daqui mesmo, mas precisava auxiliar.
Muitos se prontificaram a notícias me dar, outros já me avisaram estamos lá com eles a trabalhar.
Eram os meus queridos guias, que nunca me abandonaram, dos meus de sangue e de laços fraternos eles cuidavam, fé passando, orientações intuindo, os corações acalmando.

Agradeço a todos as preces, e pensamentos de amor a mim enviados, são bálsamos que aliviam a saudades, dando-me forças para prosseguir.
Desde que pude ir levantando, aos estudos me entregando, a memória ancestral ativando, estou me redescobrindo.

Que o caminho é longo descobri, que muito tenho que trabalhar, há muitos irmãos abraçar, muitos doenças de minha alma para curar, que só me entregando ao amor conseguirei.
Mas vocês jamais esquecerei, para juntos ficarmos trabalharei, sinto sempre quando de auxílio precisam, não podendo auxiliar clamo e a ajuda vem.


Já posso visitá-los na terra, já assisti os seus trabalhos, sempre acompanhado, de meus antigos guias, que hoje meus amigos são.
E quem com abraço me recebeu, sempre que pode comigo está, partilhamos nossos feitos,
nossas conquistas comemoramos.



Irmão de sangue de outras vidas, ele e mais dois um amigo querido, outro meu defensor na vida, quando nós quatro nos reunimos, há alegria é muito grande.

Falta apenas um, para o ciclo se encerrar, novamente todos juntos, nova missão na terra abraçar, mas tempo levará.

Já enviei minhas notícias, mas com o tempo outras darei, abraço a todos queridos, parentes de sangue ou não, o que importa é o amor que nos unirá sempre.

Minha irmã não chore não, sei que é de emoção, mas como disse logo volto, e na espiritualidade com todos tenho encontrado.

Até breve com a Graça de Deus.

Do irmão de todos, Antonio Luconi, Toni que em tempo e terras distantes foi o Antonini.

06-08-2017
psicografado por Luconi

Meu irmão estas flores quero te ofertar com  amor eterno.