Do
mundo apenas queria, um cantinho para mim, onde a paz reinasse e a feiura do
mundo não entrasse.
Mas
quem disse que neste mundo, tal cantinho existe, é apenas utopia de coração
desavisado, que mesmo fechando as portas sempre sobra uma fresta que é o
suficiente para o mundo lá fora entrar.
Do
mundo era o que queria, viver num mundo de sonhos protegida de todo mal,
acreditando que era este o mundo real.
Perseguia
tal cantinho como se fosse natural, fugindo do mundo lá fora, usando sempre
armaduras e enormes muralhas para não ser atingida.
Pobre
tola que eu era, nem ao menos percebia, que mais eu fugia, mais o meu cantinho
se distanciava, mais meu sonho se esvaía.
Foi
preciso forte vento, tudo desestruturando, colando-me frente a frente com a dor
da realidade deste mundo verdadeiro ao qual eu pertencia e não queria enxergar.
Tentei
em vão me esquivar, mas não houve mais jeito, a minha consciência acordara e
gritava para mim, levanta as mangas, descruza os braços, aqui não estas a
passeio.
Então
mergulhei no mundo, enfrentando a tempestade, estendi as mãos para quem
quisesse segurar e quem segurou ao se levantar também me levantou. Abracei
aqueles que encontrei chorando de dor e por eles fui abraçada, no instante do
abraço senti imenso amor, emprestei os meus ouvidos, ouvi e fui escutada, lutei
a batalha dos outros e eles lutaram a minha.
De
repente, já então no fim da vida, olhei a minha volta e vi o meu cantinho,
aquele que eu antes sonhara. Estava ele bem pertinho, dentro do meu próprio
ser, de mim ele fazia parte e eu parte dele fazia, a paz então reinava e no meu
último suspiro percebi que aquele vendaval que ao mundo me atirou, mostrou-me
que um mundo de paz não se ganha de graça, mas sim se conquista.
E
olhando ao redor deste meu mundo interior, percebi que toda a gente que pelo
meu caminho passou, estavam ali presentes e eu os olhava de frente, aconchegando-os
em meu interior.
No
meu último suspiro percebi que aprendera a viver, que ao invés de passar pelo
mundo eu fizera parte ativa dele, dentro do mundo ao meu redor. Vivi quarenta
anos, vinte e oito vivi tentando me esconder num cantinho de paz só meu, vinte
e oito anos eu apenas passei pela vida. Dou graças a Deus pela dor vinda com o
vento forte, que me sacudiu e me fez ver a realidade e o quanto era bom amar a
todo irmão sem distinção, os últimos doze anos muito me ensinaram, graças a
eles pude retornar à pátria espiritual com algum avanço em minha evolução,
mesmo que eu considere um avanço pequeno, ainda assim foi um avanço.
Por
isto eu vos digo, saia de dentro da concha que te protege, dê a cara à tapa,
quanto mais você ajudar e entrar no meio das tempestades, mais ajuda e
aprendizado você mesmo ganhará e então um dia descobrirá em seu interior um
mundo de paz semeado com muito amor.
Que
Deus os abençoe e Jesus esteja dentro de seus corações,
ditado
por Hilda Maria
psicografado
por Luconi
em
14-04-2012
Quando
comecei a psicografar não sabia que era ela, nossa no meio comecei a desconfiar
e no final tinha certeza, sei que muitos de minha família podem não acreditar,
mas como ela mesma disse em sua mensagem, vou dar a cara à tapa, obrigada irmã
tão amada que esta seja apenas o começo de muitas mensagens passadas por você,
te amo sempre.
Luconi minha querida,
ResponderExcluirQuantas mensagens dignificante não podemos encontrar aqui, retratos da realidade, orientações, cortinas que se abrem para os nossos olhos objetivando nos aclar a caminhada feliz para nossos acertos comuns.
Um cantinho que seja somente meu, de fato não existe, senão o isolamento da alma que nos deixa trite, permanecendo numa esfera fugidia que nós proprios criamos...
Somos egoistas, ainda na razão do querer está em nós, quando nos fechamos em cubículos oriundos de nossas inferiores sintonia, do não querer interagir com o mundo, como se ele nos fosse o encomodo, sem nos dar-mo conta que tudo depende de nós para o alcance de boas sintonias...
Sempre agradecida pelo teu carinho,
pelos textos com que nos banha a alma e nos encoraja para a travessia...
Abraços fraternos e beijos
em teu coração...
Livinha
Oi amada vim pessoalmente responder sua dúvida.
ResponderExcluirNinguém nasce sabendo tudo, vamos angariando com o decorrer da vida.
Fadas são elementais do ar, ligada a natureza e a harmonia das florestas, bosques animais. Podemos cultuá-las no nosso jardim, em nossas casas.
Bruxas não são más, isso foi fixado nos séculos passados pela 'igreja', para que as Grandes Sacerdotisas não cultuasse a Grande Deusa, ou a Grande Mãe. Antigamente as mulheres dominavam a arte da cura através das plantas, elas eram as curandeiras dos povoados, elas que invocavam os Deuses, e a igreja sentindo ameaçada pelo grande poder e valor que essas mulheres tinham, inventaram que eram amante de Satã e portanto impuras, muitas foram jogadas nas fogueiras, enforcadas, afogadas, violentadas, etc, etc, etc, tudo isso era feito em nome de um "Deus machista e cruel" literalmente INVENTADO POR ELES.
Pois Deus é amor, Jesus precisou de Maria para nascer, e foi rodeado pelo amor dela e de Maria Madalena.
Que os Deuses te abençoe.
Que as fadas te ilumine.
Que as Bruxa lhe proteja.
Blessed Be.
Lua.
Amiga, me arrepiei e me emocionei. Que linda mensagem!
ResponderExcluirObrigada por partilhar!
Beijos, amada!
Que mensagem emocionante e linda...tão doces e amáveis palavras...
ResponderExcluirObrigada, amiga, por mais uma lição de vida!
Tenha uma perfeita sexta-feira, querida amiga Luconi!!
Beijos!♥
Luconi, eu acredito que foi isso que Cristo quis dizer ao nos aconselhar a oferecer a outra face: não ter medo. Arriscar novamente, ao invés de trancar-se e achar-se perdedor. Adorei passar por aqui, e com toda certeza, voltarei!
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