Na vida nesta terra muitos caminhos percorri,
alguns com grandes abismos,
outros com pequenas depressões,
outros tanto enganavam com uma extensa planície.
Em todos havia ciladas,
em todos encontrei espinhos e flores,
em todos havia uma razão para ali estar,
em todos o acaso era providencial.
Cada qual um aprendizado trazia,
toda lição trazendo duas soluções,
uma onde a solução era fácil,
outra onde ela era trabalhosa e difícil.
A fácil trazia-me imediata satisfação,
a difícil muitas vezes a satisfação não aparecia,
pelo contrário uma questão outra puxava,
e a satisfação era apenas íntima, da alma.
Com a imediata satisfação meus sentidos carnais se alegravam,
cada vez mais preso num emaranhado de emoções,
a satisfação imediata se desvanecia como nuvem,
mais e mais eu almejava.
Assim fugindo de “ problemas “,
acomodado em viver a minha vida,
de repente me senti vazio,
estranhamente solitário estando cercado de gente.
Eu não sabia,
era a fome de minha alma,
que eu não alimentara,
estranhamente a consciência passa a me cobrar as soluções fáceis.
Tarde demais, a vida passara,
quem se importaria comigo,
se eu representava agora a solução difícil,
a solução difícil para quem me abraçasse.
Mas Deus a ninguém desampara,
muito menos aos doentes de espírito como eu,
minha doença era o egoísmo que abafava o amor,
e santas mãos para mim se estenderam.
Eu era a lição em sua vida,
mas ela escolheu a solução mais difícil,
a fácil seria as costas virar,
com isto semeou em mim o amor fraterno.
E eu tardiamente aprendi,
que não é para satisfação dos sentidos esta vida,
mas sim para conseguirmos vencer as doenças do espírito,
reconhecer o erro foi o primeiro passo.
Os outros passos,
só em outra vida
comecei a dar,
muitas foram necessárias.
Ainda hoje luto,
para me tornar merecedor,
daquelas mãos estendidas,
tornando-me digno de ser um discípulo,
de Cristo Nosso Senhor.
ditado por Gilson Gomes
psicografado por Luconi
em 18-08-2015
Que bacana!
ResponderExcluirAcho que passamos por todos os caminhos que precisamos passar, e nenhum deles é perda de tempo.
Bom dia, Marcia.