Sei que sou criação Divina, sei que desde o princípio a meta era e continua sendo a evolução, mas certamente não sei para onde vou, sei que muitas vidas vivi, entre uma vida e outra estacionava no meu verdadeiro lar, na espiritualidade, muitas vezes caí e dessa forma o meu lugar de merecimento não era na almejada luz, até que comecei finalmente a galgar os degraus da evolução.
Bem devagarinho, curar as chagas da alma é tarefa árdua, estar trilhando a escada evolutiva não quer dizer que era ou que seja um espírito puro, não meus amigos, não.
Apenas pelo arrependimento verdadeiro e o desejo de melhorar enraizado em minhas entranhas é que mereci começar galgar tais degraus.
Sou muito grato a guardiões que guardavam as zonas trevosas, pois sempre estavam a postos para nos acudir, para nos mostrar nossos erros,
no momento eu entendia, aceitava, eles então me levavam para nova oportunidade e a luz me entregavam, mas na carne permitia que os velhos defeitos criassem força novamente e novamente ao desencarnar para as zonas trevosas eu ia.
Devagar a cada vinda e ida eu fui voltando para zonas trevosas menos densas, minhas chagas existiam, mas aos poucos em vida eu as dominava, com isso eu não sabia, mas já estava evoluindo, até que numa de minhas vindas ao voltar finalmente fui recolhido pela luz, foi o próprio guardião de séculos que me recolheu e para um pronto socorro próximo à crosta me levou.
Claro que de momento eu não o reconheci, apenas me parecia amigo, desencarnamos e demoramos um tempo até tomarmos consciência de nós mesmos, consciência de alguma coisa de nossa jornada como espírito. Mas quando ele me entregou para um irmão enfermeiro do tal pronto socorro, seu olhar estava lacrimejante e me disse:
- Com certeza virei visitá-lo, sempre que precisar me chame, basta pensar em mim, mas sinceramente espero que de hoje em diante eu me torne apenas seu irmão, seu amigo. - E com uma reverência como num estalar de dedos sumiu de minha frente.
Só bem mais tarde fui me lembrar daquele espírito ímpar, que pertencia a Luz, mas por opção sua trabalhava para a Luz nas zonas trevosas. Soube que por afinidade espiritual ele me acompanhara degrau por degrau que fui subindo nas trevas. Na verdade ele com outros era encarregado de um degrau trevoso, não acompanhavam os espíritos degrau por degrau, cada turma cuidava de seu degrau. Mas para mim ele sempre dava um jeito de supervisionar mesmo eu já não estando em seu degrau e isto ele fez por quase um milênio. Só depois que me lembrei e tomei consciência de seu cuidado para comigo é que ele voltou a me visitar, até hoje nos visitamos, pois eu faço questão de ir até ele quando a saudade aperta o coração.
E vocês dirão que mensagem é essa? Qual é a lição para nós?
Simples meu irmão, não é o posto que ocupa, não é a tarefa que realiza, que faz um espírito ser mais ou menos evoluído, mas sim o amor que ele carrega dentro de si e o que faz com esse amor.
Na Terra também é assim, quantos espíritos de luz vejo nas mendicâncias da Terra. Quantos espíritos iluminados habitam o mais pobre casebre, vestindo e calçando o que a caridade alheia lhes proporciona sem ter tido nenhuma chance de estudo na vida atual. Todos eles têm um propósito maior, têm espíritos que precisam influenciar, levar para o despertar, e muitos destes espíritos ocupam grau superior materialmente falando, são cultos, mas longe de serem sábios.
Sábios existem em todas camadas da sociedade, mas o orgulho do homem que se gaba de ser culto, não os reconhece.
Aos irmãos deixo esta reflexão, que não é de um sábio, mas de alguém que a duras penas aprendeu a verdadeira razão da vida.
Irmãos da Paz
psicografia Luconi
em 03-11- 2020
Beleza de mensagem...A sabedoria não está vinculada aos palácios e à grandeza e sim ela pode estar onde nem se espera, ela vem de dentro... Linda reflexão! beijos, bom te ver! chica
ResponderExcluiro conhecimento auxilia por fora, o amor nos salva por dentro.
ResponderExcluirSim irmão, o conhecimento sem amor nos torna radicais e orgulhosos, o verdadeiro sábio é naturalmente humilde, não se dá conta de seu saber, para ele o conhecimento flui espontaneamente!
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